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Representada por Werter Padilha, coordenador do Comitê de IoT da ABES, a entidade participou de uma missão promovida pela EMBRAPA no interior de São Paulo, que apresentou projetos de IoT de pecuária, agricultura de precisão e telecomunicações, realizada de 10 a 12 de setembro. Esta atividade deu continuidade à missão internacional de IoT no agronegócio que visitou, no primeiro semestre de 2018, projetos e instituições de pesquisa em três países da Comunidade Europeia: Bélgica, Holanda e Itália.
 
 Fazenda Canchim aplica novas tecnologias
 
O grupo, formado por representantes do Ministério da Agricultura, USP, ABES, Telebrás, Embaixada e Consulado da Holanda e CPqD, visitou a Fazenda Canchim, em São Carlos (SP) no primeiro dia. Eles conheceram projetos nacionais de aplicação de novas tecnologias para o melhoramento genético animal e vegetal, sensoriamento e monitoramento de gado, na produção de leite e no desenvolvimento sustentável ligado ao agronegócio.
 
 Drones usados no mapeamento e monitoramento de solo
 
O Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão integrou o roteiro do segundo dia, no qual os pesquisadores estão desenvolvendo projetos em agricultura de precisão e implementos agrícolas, que inclui aplicações de IoT. Nos projetos, a Embrapa mantém parcerias com empresas e investimentos de órgãos nacionais e internacionais, como a Finep, com destaque para o uso de drones no mapeamento e monitoramento de solo. “Nossa capacidade em P&D tem sido reconhecida mundialmente. Temos geração de tecnologia para toda a cadeia produtiva do agronegócio. Cabe viabilizar a conexão entre os resultados da pesquisa aplicada levando-os aos produtores, que ainda não sabem do que a academia e centros de pesquisa têm a oferecer. Mas, a boa notícia é que tem gente dedicada nos setores público e privado trabalhando para desatar este nó”, analisou Werter.
 

Usina São Martinho
 
O terceiro dia contou com uma visita à Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), onde foi apresentado o projeto de telecomunicações do CPqD, implementado em uma fazenda de 135 mil hectares, por meio do desenvolvimento de toda uma infraestrutura de rede móvel banda larga (LTE) para uso próprio, que vai permitir conectar dispositivos e agilizar toda a comunicação e a cadeia logística. “É um projeto único no Brasil, com câmeras de vídeos nos veículos, sensores e terminais inteligentes veiculares, que serão colocados em cerca de 900 veículos, incluindo caminhões e colheitadeiras. Proporciona a possibilidade de conversar com as pessoas lá nas plantações, acompanhar tudo, monitorar, extrair dados. É um projeto de missão crítica, pois a usina roda 24 horas, todos os dias da semana. IoT, inteligência artificial, analytics, análise preditiva, tudo passa a ser viável, com retorno garantido dos investimentos”, explicou o coordenador da ABES.
 
Como próximos passos, Werter Padilha planeja aproximar estas iniciativas dos associados da ABES a fim de incentivar parcerias. “O agronegócio é um dos principais setores econômicos no Brasil e no mundo, um dos priorizados pelo Plano Nacional de IoT e com tecnologias relevantes, na qual devem se agregadas a inteligência que os softwares proporcionam”, finaliza.   

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