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O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, anunciou no dia 21/01/2020, em Davos, na Suíça, a instalação do primeiro centro afiliado ao Fórum Econômico Mundial focado na indústria 4.0 (C4IR) no Brasil. O Centro deverá entrar em operação ainda no primeiro semestre de 2020.

As metas são estimular a adoção de novas tecnologias e melhorar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, ampliando a competitividade e a produtividade das empresas brasileiras.

Esta é uma iniciativa do governo federal (Ministério da Economia – SEPEC), do Governo do Estado de São Paulo (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e do Fórum Econômico Mundial, que visa acelerar e escalar a adoção de tecnologias emergentes, como Internet das Coisas e Inteligência Artificial, abordando os principais desafios econômicos, sociais e de desenvolvimento. O C4IR Brasil será uma parceria público-privada, concebida pelo Ministério da Economia e pelo Governo do Estado de São Paulo e apoiada por empresas de atuação global.

Na coletiva de imprensa realizada na Suíça, contou com apresentações realizadas por: Marisol Argueta, Chefe da América Latina e Membro do Conselho Executivo do Fórum Econômico Mundial; Carlos Da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME); e João Doria, governador de São Paulo.

Sede

O novo centro tecnológico terá sua sede instalada no Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) de São Paulo, integrando o projeto Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI), que visa criar o “Vale do Silício brasileiro” em São Paulo. Será utilizado um modelo já adotado pelo WEF, com financiamento das ações pela iniciativa privada. O centro vai reunir uma equipe multidisciplinar formada por funcionários das próprias empresas apoiadoras do projeto, acelerando a troca de experiências e a adoção de novas tecnologias.

A rede global do Fórum conta com centros afiliados em outros seis países – Noruega, Colômbia, Israel, África do Sul, Ruanda e Arábia Saudita – e centros globais nos Estados Unidos, na China, no Japão e na Índia. As equipes do novo centro brasileiro trocarão conhecimento com as demais unidades e, assim, vão participar do processo global de adoção de novas tecnologias.

Inicialmente, o centro no Brasil atuará com políticas de dados, Indústria 4.0, internet das coisas (IoT), cidades inteligentes e blockchain, tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança.

De acordo com Da Costa, o Brasil ainda está longe da maturidade na indústria 4.0. “Somente 7,5% das empresas usam Indústria 4.0 com excelência, e só 2% das empresas brasileiras estão no estágio mais avançado de indústria 4.0, o que dá a dimensão da importância dessa parceria”, afirmou.

Pequenas e médias empresas

Para inserir as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) na quarta revolução industrial, haverá ações específicas. A partir de 2020, um grupo de 130 pequenas e médias empresas manufatureiras será o primeiro a testar esta abordagem proposta de desenvolvimento proposta pelo Fórum Econômico Mundial, pelo Ministério da Economia e pelo Estado de São Paulo. A meta é atingir um total de duas mil empresas até 2021, dentro do Programa Brasil Mais Produtivo da Sepec/ME.

As PMEs representam 98,5% das empresas no Brasil e mais de 90% de todas as empresas no mundo. Nos mercados emergentes, essas empresas são as principais motivadoras de oportunidades econômicas e mobilidade social. Sete em cada dez empregos são criados por pequenas e médias empresas, aponta o Banco Mundial.

O programa piloto está testando 11 intervenções de políticas específicas, incluindo suporte financeiro inovador, acesso a apoio especializado com colaboração da indústria e conscientização e treinamento dos funcionários em habilidades necessárias na Indústria 4.0.

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