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Leia a entrevista com Rafaela Herrera, Business Developer da Startup Farm

 
O ecossistema de startups no Brasil tem crescido, inclusive impulsionado por projetos de inovação aberta e os programas de incubação e aceleração. Nesta entrevista, o Portal da ABES conversou com Rafaela Herrera, Business Developer da Startup Farm, considerada uma das maiores e mais experientes aceleradoras da América Latina, que foi reconhecida como a melhor aceleradora do Brasil pelo Startup Awards 2017 – o Oscar das startups brasileiras, organizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups).  Engenheira biotecnológica, Rafaela se define como uma apaixonada por empreendedorismo e tecnologia. Confira a entrevista:
 
Como avalia a evolução do ecossistema de startups no Brasil?
A avaliação é positiva, pensando que a gente começa a ter startups que já apresentam uma tração interessante, e fundadores que já estão em sua segunda ou terceira jornada. E principalmente que esses fundadores têm tido êxito neste processo, o que acaba reverberando positivamente em todo o ecossistema.
 
Outro ponto a se destacar é o movimento de aproximação das grandes corporações, que também é favorável. Programas de fomento e aproximação destes dois mudos torna o cenário bastante promissor.
 
Alguns movimentos, como de fintechs, têm tido o acompanhamento de órgãos do governo para melhorias, o que mostra também uma evolução clara do ecossistema. 
 
De ponto fraco, ainda temos um desafio como nação já que muito dessa realidade ainda está concentrada apenas em são Paulo. É preciso expandir essas mesmas conquistas para mais lugares que ainda não têm representatividade. Também há um desafio de incluir mais as universidades neste contexto, especialmente em Hard Science.
 
Em quais aspectos as aceleradoras brasileiras, em geral, precisam melhorar?
O ecossistema e os empreendedores evoluem e é importante que as aceleradores estejam sempre atentas a isso. Um ecossistema mais maduro envolve uma proposta de valor mais consistente do que há dois anos.
 
Como a Farm tem procurado se diferenciar neste ecossistema?
Fazemos o acompanhamento do nosso portfólio de forma consistente e também apostamos muito no relacionamento com grandes corporações, que gera negócios para as empresas e bons leads para as nossas startups, possibilitando a construção de produtos e iniciativas em conjunto. 
 
Quais as dicas que você dá aos empreendedores que desejam criar uma startup e serem selecionadas pelos programas de incubação e aceleração?
Para aceleração, que é nosso caso, damos a dica de ter um time complementar que entenda de seu mercado, entenda da tecnologia envolvida no negócio e que demonstre resultados em sua carreira, assim como uma validação consistente do problema que se propõe a resolver.
 
 
Qual o papel das startups para a inovação, melhora da competividade econômica brasileira e da qualidade de vida da população?
O melhor exemplo tem vindo da área financeira. Já temos um sistema financeiro que é robusto, mas que ainda deixa muitas pessoas de fora. É neste cenário que as startups têm se destacado e é a grande prova de como elas podem atuar na produtividade e melhoria de vida para a população num geral, tornando os serviços bancários mais acessíveis. Ainda que não atinja exatamente a base da pirâmide, é um passo para chegar lá.
 
Sobre a Startup Farm
A Startup Farm já acelerou, desde 2011, mais de 290 startups, que possuem valor de mercado agregado superior a US$ 1 bilhão. Ao colocar o empreendedor como eixo central de sua atuação, a Startup Farm oferece em seu programa de aceleração, o Ahead, acesso a uma ampla rede de mentores, facilitadores e grandes empresas. Tem como principais parceiros o Banco do Brasil, o Google For Entrepreneurs, Falconi e Baptista Luz Advogados que juntos dão todo o apoio e suporte aos empreendedores e às startups. Entre os cases de sucesso estão: Verios, RankMyApp, EasyTaxi, WorldPackers, Social Miner, InfoPrice, Hoobox Robotics, entre tantas outros.

 
 

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