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Localizada no interior do estado de São Paulo e com mais de 1,1 milhão de habitantes, Campinas é a 4ª cidade mais inteligente e conectada do País, de acordo com o Ranking Connected Smart Cities de 2018, principal estudo sobre cidades inteligentes do Brasil e realizado pela Urban Systems, em parceria com a Sator. Cerca de 700 localidades foram analisadas a partir de 70 indicadores, sendo que o município subiu quatro posições em relação à edição anterior.
 
Além disso, o município representa um dos principais polos de inovação tecnológica e industrial do Brasil. Ao seu redor, constituiu-se a Região Metropolitana de Campinas, da qual participam mais 19 municípios, entre eles Americana, Paulínia, Valinhos e Vinhedo.
 
Sobre este ecossistema de inovação, o Portal da ABES entrevistou Luciano Assis, Diretor-adjunto do Núcleo Softex Campinas:   
 
Como você avalia o ecossistema de inovação de Campinas?
Somos um dos ecossistemas mais desenvolvidos do país pela densidade e a diversidade de atores, como a Unicamp, uma universidade de ponta, que historicamente tem promovido a disseminação de inúmeros profissionais e empresas aqui na região. Contamos ainda com ações governamentais, como o CPqD, criado ainda na época do governo militar. Devemos ainda considerar toda a área de telecomunicações que veio para a região. Trata-se de um ecossistema bastante diversificado.
 
Como está organizado este ecossistema?
Neste momento, buscamos uma integração mais efetiva, uma gestão de rede e cada vez mais colaborativa. A prefeitura tem procurado congregar os atores, principalmente por meio do Conselho Municipal de Ciência Tecnologia e Inovação, um conselho consultivo, cuja presidência é formalmente ocupada pelo secretário de desenvolvimento econômico da cidade. Então, estamos neste momento, estruturando uma forma de gestão mais colaborativa da rede. Há 3 anos, desenvolvemos um planejamento de ciência, tecnologia e inovação e muitas das ações previstas estão sendo implementadas, efetivamente. Por isso, tenho uma visão muito otimista do nosso ecossistema.
 
Quais os avanços que estão por vir na região?
Temos estudado outros ecossistemas nacionais e internacionais também. Entendo que Campinas pode ser vista como uma referência importante, pela densidade e pela forma como a articulação está se constituindo. Então, é um ecossistema que tem muitas notícias para dar no futuro, no sentido de promovermos o amadurecimento dessa inter-relação. Nós reconhecemos que a interação entre esses atores ainda é muito menor do que é possível frente a qualidade e diversidade. A articulação deverá ser cada vez maior para viabilizar projetos de pesquisa aplicada e de fomentos em setores estratégicos. É preciso ter uma visão coletiva e compartilhada por todo o ecossistema, para que todos compartilhem as mesmas perspectivas, objetivos e valores.

 

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