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ABDI e Inmetro estão viabilizando uma minicidade em Xerém-RJ para desenvolver tecnologias
 
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em conjunto com o Inmetro, apresentou, nesta quarta-feira (22), o Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes às empresas interessadas. As ideias serão colocadas à prova dentro do campus do Inmetro em Xerém, no Rio de Janeiro. Representantes de mais de 20 empreendimentos conheceram as instalações.
 
O líder do projeto de cidades inteligentes da ABDI, Carlos Frees, guiou os participantes da visita indicando onde serão instaladas as soluções. As vias e estacionamentos do campus, por exemplo, se tornarão inteligentes. “Será possível saber onde existem vagas e controlar o trânsito à distância, evitando engarrafamentos e deslocamentos desnecessários”, explica Frees. No prédio principal do Inmetro será instalado o coração da minicidade – o centro de comando e controle. A partir desse local, técnicos poderão avaliar o bom andamento do projeto e mesmo fazer intervenções remotamente.
 
O primeiro cenário montado no ambiente será o de iluminação inteligente. “Essa escolha se deu pela demanda. Mais de 130 municípios estão debatendo essa pauta”, aponta Frees. A iluminação vai além de um simples acender de luzes à noite. Os postes receberão sensores e câmeras, que poderão auxiliar no controle de tráfego e mesmo na segurança. O segundo cenário se integra ao primeiro, tratando do monitoramento de trânsito. O terceiro cenário é a instituição de veículos urbanos – como carro e bicicletas elétricas e compartilhados. “Um cenário vai sendo montado em função do outro. A iluminação ajuda na mobilidade, ela auxilia nos veículos”, explica Frees.
 
No segundo semestre de 2018, as primeiras iniciativas devem começar a ser testadas. “O campus do Inmetro pode ser considerado uma pequena cidade. Existe grande fluxo de pessoas, vários sistemas funcionando, como água, esgoto, refrigeração e energia elétrica. Teremos uma boa ideia do funcionamento”, aponta o Rodolfo Souza, da divisão de Metrologia e TIC do Inmetro.
 
Os participantes da visita acreditam que a iniciativa ajuda no avanço do conceito de cidades inteligentes no Brasil. Luis Carlos Rosa, da Seip7, aponta que é fundamental testar as soluções. “Desenvolvemos uma plataforma para o monitoramento de água para diminuir o desperdício, o que traz economia e benefício para o meio ambiente. O ambiente de testes para nós é essencial, porque precisamos validar e mostrar que nossa solução funciona, e assim podemos chegar às prefeituras e outras instituições”.
 
Demonstração
 
Várias soluções utilizam sensores em miniatura ou plataformas que não são visíveis. Preocupado com isso, o local pretende instalar um showroom. Nessa área os prefeitos poderão ver aquelas tecnologias que fazem diferença, mas que na prática ficam escondidas dentro de um poste, cabo ou cano.
 
Depois que as soluções forem testadas e aprovadas, elas integrarão uma espécie de catálogo de iniciativas para cidades inteligentes. Os prefeitos terão, então, conteúdo à disposição para consultas e, eventualmente, implementações em seus municípios. Para soluções que não puderem ser testadas no Inmetro, como o caso do barco elétrico – que foi apresentado à ABDI –, a ideia é firmar parcerias com outros locais do país. Até o momento, 101 empresas já declararam intenção de participar do ambiente, cadastrando 141 soluções junto à ABDI.
 
Internet das Coisas
 
As tecnologias para cidades inteligentes entraram no estudo de internet das coisas (IoT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (MCTIC). O coordenador de Plano do MCTIC, Thales Netto, defende que o ambiente é fundamental para a implementação de IoT no Brasil. “Você tem que ter soluções, do contrário não tem internet das coisas. Essas iniciativas têm que ser avaliadas para o uso dos prefeitos”.
 
No meio deste ano foi lançado um estudo sobre a Internet das Coisas no Brasil. Foram elencadas quatro áreas de atuação. Além de cidades inteligentes, foram escolhidas as áreas de Saúde, Agricultura e Indústria.

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