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Estimativa é da ACATE, entidade catarinense conveniada à ABES

 
Investimento em treinamento e capacitação de colaboradores, pesquisa, desenvolvimento e agregação de valor em produtos e serviços. Estas são algumas das mais eficazes receitas adotadas por empresas de tecnologia em Santa Catarina, que conseguiram driblar o cenário de crise no país e crescer em torno de 15% em 2015, segundo estimativa da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE).
 
O resultado positivo em 2015 foi puxado pelo alto crescimento de setores de TI, como softwares para serviço (SaaS), computação em nuvem, marketing digital, big data, fintech (tecnologia para finanças) e inovações nas áreas de saúde e agronegócios. “Várias empresas ligadas a esses segmentos registraram um grande avanço neste ano, mais em função da inovação gerada do que pelas condições macroeconômicas do país”, reflete Guilherme Bernard, presidente da ACATE. Por outro lado, empresas que desenvolvem hardwares e fornecem produtos e serviços para o setor público, por exemplo, tiveram um ano de muitas dificuldades em função da crise econômica.
 
No âmbito catarinense, o setor de tecnologia é favorecido pela consolidação de suas cidades-polo no país: Florianópolis ficou em segundo lugar como o município mais empreendedor do país (atrás apenas de São Paulo) em pesquisa feita pela Endeavor, devido a quesitos como inovação e capital humano. O mesmo levantamento colocou Joinville em nono lugar (à frente de capitais como Rio de Janeiro) e Blumenau na 20ª colocação.
 
Na Capital, a inauguração do Centro de Inovação ACATE Primavera é considerado um marco no estímulo ao empreendedorismo: o espaço concentra dezenas de empresas de tecnologia e serviços e, em menos de 10 meses, recebeu mais de 3,5 mil pessoas e 216 empresas associadas em 32 eventos ligados a TI e inovação. Alguns destes eventos ajudaram a consolidar programas de internacionalização a mercados como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e a “treinar” startups que participaram de feiras de negócios e rodadas de investimentos no Vale do Silício.
 
Para o presidente da associação, o cenário econômico em 2016 deve seguir as mesmas dificuldades registradas ao longo do ano passado, portanto, o setor de tecnologia precisa intensificar as estratégias que ajudaram a superar os obstáculos de 2015. “Além da inovação e da qualificação dos serviços, o investimento em pessoas será fundamental para que as empresas se mantenham fortes em um cenário de crise e ganhem mercados, enxergando novas oportunidades”, diz.  “A ACATE deve contar com mudanças significativas em 2016, quando completa 30 anos. Ainda no primeiro semestre teremos as eleições da nova diretoria e dos conselhos. Também pretendemos contemplar outras quatro áreas em nossas Verticais de Negócios, sendo elas internet das coisas, finanças, seguros e dados”, adianta.

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