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Jovens de todo o país têm a oportunidade de despertar a vocação para as carreiras científicas durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que será realizada de 15 a 21 de outubro de 2018 com o tema “Ciência para a redução das desigualdades”. Para estimular a realização da 15ª SNCT, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou chamada pública no valor de R$ 6 milhões para apoiar atividades de divulgação e popularização da ciência nos estados e municípios. O anúncio foi feito no dia 13 de junho pelo ministro Gilberto Kassab, em Brasília.
 
“Nesses dois anos como ministro, conheci inúmeros jovens que, ao visitarem a SNCT, tiveram a oportunidade de despertar essa vocação. Portanto, acho que esse é o ponto forte do evento, que proporciona que, cada vez mais, a ciência, a pesquisa e a inovação estejam presentes na vida dos brasileiros”, afirmou Kassab.
 
Realizada nacionalmente desde 2004, a SNCT é coordenada pelo MCTIC e conta com a colaboração de empresas e órgãos públicos, escolas, fundações de apoio, institutos de pesquisa, museus, universidades e secretarias estaduais e municipais. No ano passado, foi registrado o recorde de municípios participantes: 1.311. Durante o evento, 1.016 instituições desenvolveram mais de 104 mil atividades em todo o território brasileiro.
 
“Gostaria de destacar a importância da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com a amplitude que ela já ganhou, porque acho que foi criado um programa de Estado, que é o que buscamos muito na ciência e tecnologia, iniciativas que sejam independentes. O destaque que o ministério tem dado à Semana e à sua atribuição nacionalmente está expresso nos números”, apontou o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro.
 
De acordo com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Alvaro Prata, o tema “Ciência para a redução das desigualdades” tem o objetivo de discutir o papel da ciência na mitigação dos impactos dessas desigualdades no Brasil e está alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
 
“O Brasil é um país pujante, de várias oportunidades, mas uma grande fragilidade são as desigualdades de todas as ordens: regionais, educacionais, sociais, econômicas, de gênero, raça, cor, entre outros. Nada como ter a superação das desigualdades como tema para essa nossa SNCT de 2018, que se apoia, também, nessa grande diretriz que emana dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, destacou Prata.
 
Edital
 
Para impulsionar a SNCT 2018, o MCTIC lançou edital no valor de R$ 6,020 milhões. Desse total, R$ 5,020 milhões serão disponibilizados por meio da Secretaria de Políticas e Programas de Política e Desenvolvimento (Seped) e outros R$ 1 milhão via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As instituições têm até o dia 3 de julho para submeter o interesse de financiamento às atividades da SNCT.
 
Serão disponibilizadas duas linhas de apoio. A Linha A é voltada a projetos estaduais, com até R$ 100 mil para cada proposta. O número de municípios abrangidos nessa modalidade deve ser proporcional ao número total de cidades do estado. Já a Linha B é para projetos intermunicipais, com até R$ 20 mil disponíveis por projeto, que devem ter ao menos dois municípios participantes.
 
O número total de projetos contemplados por unidade federativa e por linha de apoio ocorre em função do número total de habitantes do estado ou distrito interessado em participar da SNCT. A previsão da Seped é que sejam apoiados 168 projetos em todo o país, sendo 31 na Linha A e outros 137 na Linha B.
 
A chamada prevê ainda uma bolsa de apoio técnico por projeto para auxílio à organização e cadastramento dos eventos e atividades no site oficial da SNCT. Além disso, os projetos que envolverem nações e instituições da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) terão prioridade.
 
“Estão todos convidados a submeter projetos, propostas para eventos e, aqueles que incluem os nossos coirmãos dos países de língua portuguesa, terão uma prevalência sobre os demais”, afirmou o secretário Alvaro Prata.
 
Na avaliação do presidente do CNPq, Mario Neto Borges, o volume de propostas e de recursos retrata a importância da SNCT como difusora do conhecimento científico. Ele comparou a importância da Semana com a realização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), com apoio do MCTIC.
 
“No ano passado, tivemos quase 400 projetos submetidos para a chamada, e o recurso deu para atender 186 deles. Há uma intenção e um desejo no Brasil como um todo de que essa questão chegue aos diversos municípios e estados. Junto com a Obmep, são vetores que têm mostrado para a sociedade a importância da ciência e da nossa cultura para o desenvolvimento de uma nação”, observou.
 
Apoio das FAPs
 
Outra novidade para a SNCT deste ano será o apoio que as fundações estaduais de amparo à pesquisa darão para projetos que não foram contemplados pelo edital do CNPq. Segundo a presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Maria Zaira, serão beneficiadas as iniciativas aprovadas por mérito, mas que não tiveram acesso a recursos via CNPq. Para ela, essa é uma forma de ampliar a capilaridade da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
 
“Fazemos isso com a certeza de que é um programa da maior relevância, que tem sido feito com muita competência e que tem tido, de fato, uma capilaridade e que tem podido envolver diversos atores. Ter essa oportunidade dá à nossa comunidade científica, tão qualificada, a possibilidade de apresentar para a sociedade o que a ciência tem feito para contribuir com a vida das pessoas, com a redução das desigualdades em todos os níveis”, explicou Maria Zaira, que também preside a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).
 
Também estiveram presentes à solenidade o secretário-executivo do MCTIC, Elton Zacarias; o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Maximiliano Martinhão; o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros; o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho; o secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Marcelo Chubaci; e o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Márcio Miranda.

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