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Nove em cada dez celulares perdidos são violados por aqueles que encontram o aparelho. Essa é a conclusão da versão brasileira do projeto chamado Honey Stick, realizado pela primeira vez na América Latina, durante os meses de outubro e novembro de 2013.
 
Para realizar a pesquisa, foram “perdidos” 30 smartphones em três capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Os dispositivos móveis utilizados foram modificados para que a companhia pudesse monitorar remotamente tudo o que pessoas fizessem com os aparelhos, como, ligações telefônicas, acesso aos aplicativos, documentos e fotos, por exemplo.
 
O experimento Honey Stick apontou que 90% dos smartphones perdidos tiveram dados pessoais e profissionais acessados por quem os encontrou. Em apenas 27% dos casos, houve a tentativa de devolução do celular, o que não implica na ausência do acesso prévio aos dados ou outras funções indevidamente.
 
A pesquisa foi conduzida pelo pesquisador de segurança Scott Wright, da Security Perspectives Inc. e também relevou que, uma vez perdido ou roubado, existe mais de 50% de chance do equipamento sofrer uma tentativa de violação de dados e redes corporativas. Por isso importância de garantir a proteção das informações armazenadas em dispositivos móveis, sejam eles pessoais ou corporativos. Principalmente porque, ainda que os telefones sejam substituídos, os dados armazenados neles poderão correr risco.
 
A versão nacional do Honey Stick também verificou que: 
 
  • 83% dos dispositivos foram acessados para se obter informações pessoais e usar aplicativos particulares. Para informações empresariais e aplicativos de trabalho este número cai para 53%;
  • 47% dos equipamentos foram acessados para se obter ambas informações – pessoais ou profissionais do indivíduo; 
  • Em média, uma vez perdido, o telefone levou cerca de três horas antes de ser acessado pela primeira vez.  
  • 70% apresentaram acesso a fotos particulares e 47% em redes sociais e senhas; 
  • 40% registraram tentativa de acesso a serviços bancários; 37% em planilha de salários; e 30% em e-mails corporativos.
 
Para manter as informações seguras em dispositivos móveis, a Symantec dá  dicas de comportamento seguro: 

1. Utilize o recurso de bloqueio de tela e determine senhas complexas: Esta é a precaução mais básica e exige um esforço mínimo por parte do usuário e pode ser recomendado pelas companhias que estimulam o BYOD (Bring Your Onw Device, traga o seu próprio equipamento, em português); 
 
2. Use softwares de segurança originais, atualizados e desenvolvidos especialmente para smartphones. Estas ferramentas podem barrar hackers e impedir que criminosos cibernéticos roubem informações ou espionem usuários de redes de Wi-Fi públicas. Além disso, esta solução pode, muitas vezes, ajudar a localizar um aparelho perdido ou roubado ou então bloqueá-lo e apagar dados remotamente; 
 
3. Mantenha o dispositivo móvel sempre à vista: é importante que os usuários fiquem atentos aos locais onde deixam seus smartphones e, se possível, usem etiquetas ou estojos que possam diferenciá-los de outros aparelhos iguais ou parecidos; 
 
4. Desenvolva e empregue políticas rígidas de segurança nas empresas: As organizações – principalmente aquelas que incentivam o uso de equipamentos pessoais no ambiente de trabalho – devem conceber políticas de segurança online aos colaboradores e mantê-las sempre atualizadas. Paralelamente, a educação constante dos funcionários em relação à ela e softwares para gestão de dispositivos móveis e segurança móvel pode ajudar na proteção de dados corporativos; 
 
5. Faça um inventário dos smartphones que se conectam a rede da empresa. Isso é importante porque não é possível proteger e gerenciar o que não é conhecido. Paralelamente, é essencial assegurar a segurança das informações contidas no equipamento, além do aparelho propriamente dito.

 
 

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