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O déficit de especialistas em TIC chegará a 32% para o ano de 2015, o que representa uma carência de mais de 117 mil trabalhadores especializados em redes e conectividade. É que revelou o estudo “Habilidades em Redes e Conectividade na América Latina”, encomendado pela Cisco para a IDC, e realizado em oito países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela.

“Uma mão de obra capacitada é uma vantagem competitiva para os países da América Latina, para a economia baseada em conhecimentos do século 21”, diz Jordi Botifoll, vice-presidente sênior de Cisco para América Latina. “Na medida em que a região experimenta a emergência rápida de tendências tecnológicas como nuvem, mobilidade, vídeo e internet de todas as coisas, esta lacuna de profissionais capacitados representa um desafio real para o desenvolvimento econômico da região”.
 
O déficit de profissionais qualificados em rede e conectividade no Brasil, em 2011, foi de aproximadamente 39.900 trabalhadores, equivalente a 20% entre oferta e demanda de mão de obra. A maior escassez, aponta o estudo, ocorreu na chamada rede essencial, como segurança, telefonia IP e redes sem fio, com uma lacuna de 23.643 profissionais ou 17%.
 
Percentualmente os especialistas em redes emergentes, que incluem comunicações unificadas, vídeo, computação em nuvem, mobilidade, data center e virtualização, representaram maior escassez, com 27% entre a oferta e demanda de profissionais qualificados, representando um déficit de 16.232 profissionais em 2011. Em 2012, a demanda prevista foi de 239.653 empregos na área de redes, com a possibilidade de chegar a 363.584 em 2015.
 
Para 2013, a previsão é de o mercado oferecer 276.306 vagas para 199.819 profissionais, ou seja, um déficit de 28%, ou 76.487 de mão de obra. As 363.584 vagas previstas para 2015 devem se concentrar mais na rede essencial com 232.032, mas a lacuna maior será na rede emergente, com 131.552 vagas para 64.650 profissionais qualificados (escassez de 51% ou 66.702 profissionais).
 
Este cenário coloca o Brasil como o segundo país com mais dificuldades para encontrar candidatos tecnicamente qualificados, ficando atrás apenas do México entre os países pesquisados na América Latina. Isso ocorre porque com a disponibilidade insuficiente fica mais caro contratar e empregar profissionais de rede qualificados.
 
A IDC realizou 767 entrevistas entre abril e outubro de 2012, segmentadas por indústrias e tamanho: governo, educação, saúde, telecomunicações, serviços financeiros, manufatura, mídia/transmissão/editoras, viagens/transporte/distribuição, recursos naturais e outros serviços em companhias com mais de 100 empregados. 

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