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Foco são as pequenas e médias indústrias do Estado de São Paulo

 

Um convênio de cooperação assinado, no dia 22 de agosto, entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) permitirá que pequenas e médias indústrias paulistas obtenham recursos para investimento em inovação a um custo reduzido e, principalmente, com burocracia praticamente zero. Pela Fiesp assinou o documento o presidente da Federação e do Ciesp, Paulo Skaf, e pela Embrapii, Jorge Guimarães, seu presidente executivo.
 
Em um momento pelo qual o país passa, com empresas atuando sob um cenário econômico adverso, o que faz a grande diferença, diz Paulo Skaf, é a inovação. “Não podemos perder o foco de que o mundo se transformando e por isso devemos trabalhar fortemente na inovação e esse convênio dará mais competitividade às nossas indústrias”, disse o presidente da Fiesp na abertura de evento em que o convênio foi firmado.
 
Além dos recursos às pequenas e médias indústrias paulistas, o objetivo do convênio é estabelecer a mútua cooperação para a execução de ações conjuntas que contribuam para a execução de eventos de aproximação da pequena e média empresa do setor industrial de São Paulo com as unidades da Embrapii.
 
O convênio tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para seu ministro, Gilberto Kassab, é a oportunidade de consolidar um projeto considerado exemplar, que é o da Embrapii. “Temos aqui uma instituição que, apesar da difícil conjuntura econômica do País vivida nos últimos anos, mantém seu crescimento agregando e apoiando importante projetos e com isso nos permitindo enxergar horizontes além da crise com um trabalho de fôlego, de curto, médio e longo prazos”, disse Kassab.
 
“Nossa indústria, hoje, muito sacrificada, corresponde a apenas 10% do Produto Interno Bruto (PIB), mas contribui com um terço de nossa arrecadação. O custo Brasil também inviabiliza nossa competitividade. Por isso o Brasil precisa resgatar sua indústria, diz José Luis Gordon, diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii. “A Embrapii carrega um modelo vitorioso, onde praticamente um terço da pesquisa é arcado pela indústria, sendo que os demais 2/3 são divididos entre a Embrapii e a unidade Embrapii escolhida pela empresa, que presta o serviço de desenvolvimento à inovação”, diz Gordon. Avalia que a parceria é uma forma de motivar e incentivar as indústrias brasileiras a inovar.
 
Criada há oito anos e com apenas 25 funcionários, a Embrapii tem 34 unidades espalhadas pelo País, sendo 10 delas em São Paulo, de onde já saíram R$ 430 milhões em projetos. Hoje tem 160 empresas atendidas. A grande vantagem para as indústrias é que a negociação, a contratação e execução dos projetos se dão entre a empresa e a unidade da Embrapii, que tem recursos para disponibilidade imediata. A Embrapii faz um acompanhamento mensal de metas e financeiro dos projetos de suas unidades, além de uma inspeção semestral para verificação técnica e financeira, além de contábil do projeto. Uma avaliação é feita a cada dos anos.

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