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Metodologia garante aleatoriedade, confiabilidade e rapidez a sorteios

 
O Centro de Tecnologia da Informação, Automação e Mobilidade do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveu um sistema de sorteio eletrônico que inclui o desenvolvimento de softwares com um algoritmo para a distribuição aleatória de números. Além de ágil, o grande diferencial da metodologia é a impossibilidade de sorteios viciados, comuns em outras ferramentas eletrônicas semelhantes, garantindo confiabilidade ao processo.
 
O sistema criado no IPT conta com algoritmos de diferentes qualidades para gerar os números e trabalha com uma chave de 16 dígitos, denominada ‘semente’, que é sorteada e então inserida no software antes da distribuição aleatória dos dados. Essa chave garante a segurança do sistema, impedindo a previsibilidade de resultados, em diferentes processos.
 
O software foi utilizado com sucesso no sorteio de 104 apartamentos do Bela Vista G, empreendimento no centro da capital paulista, realizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em julho de 2017, e também em sorteios de prêmios em programas de incentivo da Nota Fiscal Paulista, Nota Fiscal Paulistana, Nota Salvador e Nota Paraná.
 
Órgãos públicos e instituições privadas que necessitam fazer a gestão de sorteios podem adotar a solução, evitando o recurso tradicional do globo e das bolinhas numeradas, que são exaustivos e apresentam dificuldade operacional para sorteios em grande escala. O software tem capacidade para classificar até oito milhões de participantes. “Se toda a população da zona central de São Paulo administrada pela Subprefeitura da Sé, por exemplo, participasse do sorteio, haveria 431.106 participantes. Isto significa que o software demoraria 13 segundos para realizar a operação”, explica Alessandro Santiago dos Santos, pesquisador do IPT.
 
Não há privilégios entre os sorteados: o sistema analisa todo o universo de inscritos e distribui os resultados de modo balanceado entre os subgrupos. O sistema criado pelo IPT utiliza uma base científica de chancela do National Institute of Standards and Technology (NIST), dos Estados Unidos, adotado em criptografia avançada, o mesmo utilizado pelo governo dos EUA em questões de segurança digital.

 

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