Houve alta também em receita. Foram US$ 356 milhões – 15% a mais do que no primeiro semestre de 2017 -, sendo US$ 204 milhões gerados pelas vendas de equipamentos a laser e US$ 152 milhões em modelos jato de tinta. O segmento corporativo, que representa a maior fatia de venda dos modelos a laser, ficou responsável por 70% da receita total do mercado e por 42% das unidades vendidas, crescendo 22% em relação à quantidade de vendas no primeiro semestre de 2017. “No início de 2018, quando o mercado já demonstrava sinais de recuperação, a confiança dos empresários aumentou, abrindo espaço para novos investimentos”, diz Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil. Segundo ele, os equipamentos de impressão também estão no ritmo da transformação digital e cada vez mais são vistos como serviço e não apenas como produto. “As empresas estão preocupadas com segurança, produtividade e conectividade, e impressoras e multifuncionais capazes de se conectar com a nuvem e com outros dispositivos, como tablets e celulares passam a ser procuradas. Além de executarem com eficácia e agilidade mais de uma tarefa simultaneamente, elas oferecem soluções para proteção de dados, aumentando a produtividade e a segurança nas empresas”, avalia Pereira.
O analista da IDC Brasil atribui o crescimento do mercado no primeiro semestre de 2018 também aos esforços e criatividade dos fabricantes que, para impulsionar os resultados, estão investindo em nichos específicos, como governo, varejo, saúde (healthcare) e educação, com estratégias únicas para cada um. “Os fabricantes aproveitaram o bom momento para expandir a linha de impressoras e multifuncionais tanque de tinta e cartucho de tinta também no varejo, atendendo diferentes perfis de consumidores, desde usuários domésticos até micro empresários e pequenas empresas. E mesmo com a alta do dólar, a boa média de preço do último trimestre de 2017 foi mantida nos primeiros meses de 2018”, completa Pereira.
Expectativas
A IDC Brasil espera que o mercado de impressoras feche o ano de 2018 com um crescimento entre 9,5% a 12%. “Apesar de ser menor do que o ano passado, que cresceu 21%, seguirá registrando alta. O que deve continuar impulsionando as vendas são as trocas dos parques no setor corporativo e o fato de pequenos empresários e o consumidor final fazerem um upgrade de modelos adquiridos anteriormente. Além disso, novos consumidores devem contribuir para esse aumento”, finaliza o analista.