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Pesquisa ABES aponta que 44% das associadas não conhecem o suficiente os recursos existentes

 

Pesquisa realizada pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) aponta que quase a metade, cerca de 44% das empresas associadas à entidade não conhecem o suficiente as fontes para Inovação e Fomento disponíveis para o setor no país. “Esse resultado demonstra claramente que ainda existe uma grande necessidade de divulgação das entidades gestoras desses recursos para estimular e atrair as empresas para adoção esses instrumentos de apoio”, comenta Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação e Fomento da ABES.
 
Apesar dos bons resultados apresentados pelo mercado brasileiro de software e serviços, em 2012, que cresceu 26,7% – de acordo com o estudo do IDC (International Data Corporation) em parceria com a ABES – 86% das empresas de software associadas à entidade são de Micros e Pequenas empresas. Por essa razão, a inovação é considerada um ponto crucial para que esse mercado cresça e se desenvolva.
 
Durante os meses de agosto e setembro de 2013, a entidade realizou uma pesquisa entre seus associados em todo o país sobre Recursos para Inovação e Fomento, com o objetivo de levantar qual a percepção das empresas do setor de software e serviços de TI sobre estes mecanismos de apoio aos negócios. 
 
A pesquisa foi respondida por 312 empresas, que correspondem a cerca de 32% de todos os associados da entidade. Das 174 empresas que declararam conhecer esse tipo de incentivo, apenas 44 informaram utilizar ou ter utilizado alguma linha de crédito para inovação e fomento. Esse número representa apenas 14% de todas as empresas entrevistadas.
 
Por outro lado, em média, cada uma dessas 44 empresas que já se beneficiaram utilizou mais de uma vez um recurso disponível. “Isso demonstra que as empresas que têm interesse percebem a importância desses mecanismos e repetem a operação”, diz Jamile.
 
Recursos mais utilizados entre as empresas de software
 
Entre as soluções que os entrevistados afirmam já ter utilizado aparecem os da Finep com 47% de beneficiados; FAP (Fundos de Amparo a Pesquisa), com 15%; BNDES, com 13%; CNPq, com 7%, BRD (Bancos Regionais de Desenvolvimento), com 8% e recursos de Incentivo Fiscal, com 4%.
 
A falta de conhecimento sobre essas fontes de incentivo foi a principal razão apontada por 56% das empresas que afirmaram nunca ter se beneficiado. Como segundo motivo, as empresas citaram que tentaram obter o apoio, mas não tiveram êxito. Em terceiro lugar, apontaram como o item “outros”, que se enquadram nas seguintes razões: utilizam recursos próprios; burocracia; garantias incompatíveis; processo demorado; falta informação dos gestores das linhas e falta de equipe interna.
 
A pesquisa também avaliou as razões pelas quais as empresas tentaram acessar os benefícios e não conseguiram. As três primeiras causas apontadas foram Processo Rejeitado, Falta de Orientação e Processo Complexo, somando 54% das indicações.
 
“Se compararmos esses resultados com as respostas das empresas que nunca tentaram acessar esses tipos de incentivos, notamos uma coincidência nas razões citadas como Burocracia, Processo Complexo, Falta de informação, Falta de garantias, e Falta de equipe interna”, comenta Jamile.
 
Prioridade: Pesquisa e Desenvolvimento
 
Sobre a aplicação dos benefícios, 76% das empresas entrevistadas citaram “Pesquisa e desenvolvimento” como o principal destino desses incentivos, o que significa um forte indicativo de que as empresas buscam a inovação para obter crescimento. 44% dos pesquisados buscam apoio para comercialização de seus produtos com aplicações em Marketing, Vendas e participação em feiras. Já 25% das empresas demonstraram interesse na aplicação em atividades para internacionalização e exportação.
 
76% dos pesquisados apontaram as linhas disponíveis de crédito para Inovação e Fomento do BNDES como as que eles mais têm interesse em conhecer e se manter atualizado. O Finep e o Sebrae ficaram em segundo e terceiro lugar, com 65% e 45%, respectivamente.
 
As empresas apontaram ainda os recursos financeiros (incluindo capital, infraestrutura e máquinas e equipamentos), como o principal componente para a inovação de seus negócios, com 47% das respostas.
 
“Concluímos com essa consulta que as empresas encaram os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento como prioridade, o que pode servir de incentivo para que as entidades gestoras dessas fontes de recursos se aproximem cada vez mais desse setor para que ambos se beneficiem das oportunidades que o mercado de Software pode gerar”, finaliza Jamile.

Para conhecer todos os resultados da Pesquisa ABES Recursos para Inovação e Fomento, acesse aqui.
 

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