A Investe São Paulo realizou, no dia 31 de agosto, o 2º SP Conecta, evento que reuniu diversos agentes de apoio à inovação, corporações, financiadoras e organizações internacionais para atender startups de forma gratuita na sede da Investe São Paulo, no Parque Tecnológico do Estado, localizado no bairro do Jaguaré, na capital paulista.
Um dos painéis da programação reuniu Elisa Carlos, gerente de inovação da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial; Raphael da Silva, chefe do departamento de investimentos em participações da FINEP; e José Marques Pereira Junior, consultor de atendimento do SEBRAE, para falarem sobre “Incentivos do setor público ao empreendedorismo e à inovação”. Cada um dos palestrantes explicou como a entidade que representa está incentivando o ecossistema de startup e a cultura empreendedora no Brasil, mesmo em um cenário marcado pela retração econômica, ausência de uma política industrial e de críticas à recente legislação sobre a tributação do investidor-anjo.
Elisa Carlos explicou que a ABDI está ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e lançou, em março de 2017, o Programa Nacional Conexão Startup Indústria, que terá seus resultados apresentados em um evento que ocorrerá em São Paulo, no dia 21 de setembro. “Com essa primeira edição, conseguimos entender como os players se comportam. Vimos que quando uma startup recebe o selo de reconhecimento da ABDI, as portas das indústrias se abrem para ela com mais facilidade. O acompanhamento da ABDI a esses novos empreendedores vai incluir os testes, o piloto e a homologação, para que o projeto seja realmente adquirido pela indústria”, destacou.
Capacitar o empreendedor e contribuir para que ele formate seu modelo de negócio. Essas são duas das funções desempenhadas pelo SEBRAE, de acordo com José Marques Pereira Junior. “Oferecemos diferentes serviços ao micro e pequeno empresário, mas considero relevante destacar nosso papel na capacitação do empreendedor ainda no começo de sua trajetória, para que ele chegue mais robusto e preparado para dar continuidade ao projeto e buscar os investimentos em órgãos com a ABDI, a FINEP, entre outros”, explicou.
Já Rafael Silva falou sobre o Programa Finep Startup, que apoia startups que já possuem protótipos, mas que ainda não ganharam tração e ainda não atraem os fundos de seed money ou venture capital. “A FINEP vai compartilhar o risco com o empreendedor, em uma fase do negócio caracterizada pela alta demanda de capital e baixa geração de caixa interno. Entretanto, não queremos criar uma classe de empreendedores dependente de recursos públicos. Por isso, incentivamos que o empresário busque captar recursos privados adicionais ao nosso programa. Essa proatividade gera pontos em nossa avaliação da startup”, destacou.
Sobre o 2º SP Conecta
Esta edição do SP Conecta contou com uma área de conexão com 42 instituições de apoio e sete startups durante a manhã, onde os empreendedores puderam estabelecer redes contatos, tirar dúvidas e troca ideias. Ao mesmo tempo, foi realizada uma programação com duas palestras e dois painéis. Mais de 500 pessoas estiveram presentes.
À tarde, foi realizada a etapa regional sul-americana da Startup Worldcup 2018. Organizada pela Fenox Venture Capital, a competição mundial avalia startups de qualquer segmento ao redor do mundo em regionais que culminam em uma final no Vale do Silício, onde o vencedor recebe a premiação de um milhão de dólares e mentoria. Esse ano, a comissão julgadora escolheu a TruckPad, plataforma que facilita a relação entre caminhoneiros autônomos e empresas.
“Precisamos facilitar para que mais startups nasçam com o objetivo de competir em mercados internacionais. Além disso, queremos que os empreendedores conheçam os programas e os suportes que as organizações presentes no Estado de São Paulo podem oferecer. Nesse sentido, o evento e mapa SP Conecta estão à disposição para que nosso Estado cresça nos rankings internacionais de ecossistema de startups”, afirmou Franklin Ribeiro, gerente de Investimentos da Agência Paulista e gestor do Parque Tecnológico do Jaguaré.
Ele destacou ainda que a gestão do parque está aberta ao diálogo com a iniciativa privada para a realização de eventos no local em parceria, a fim de transformar o espaço em um hub de inovação e que planejam levar o SP Conecta a outras regiões do estado de São Paulo. “Tivemos alguns projetos de tecnologia mas, agora, a aproximação com o ecossistema de startups tem ampliado a nossa conexão com o setor de tecnologia e de software. Essa movimentação é muito promissora e o SP Conecta estará em nosso calendário de 2018”, finalizou.
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