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Confira entrevista com Felipe Couto, gerente de planejamento do BRDE

 

Santa Catarina foi um dos estados onde a ABES e o BNDES lançaram, no segundo semestre de 2014, a linha de fomento MPME Inovadora. O lançamento também foi realizado no Rio Grande do Sul e Paraná, com o apoio do banco BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e, em São Paulo, com participação da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) para apoiar micro, pequenos e médios negócios que inovam no setor de TI, financiando os investimentos necessários para a introdução de inovações no mercado, por meio do fomento a melhorias incrementais em seus produtos e/ou processos.
 
O Portal ABES, que já entrevistou Tatiana Henn, gerente de planejamento adjunta de novos projetos e negócios do BRDE do Paraná, agora traz uma entrevista com Felipe Castro do Couto, que ocupa a mesma função na agência de Santa Catarina.
 
Quais os principais objetivos do BRDE em SC?
Promover e liderar ações de fomento ao desenvolvimento econômico e social, apoiando as iniciativas governamentais e privadas, através do planejamento e do apoio técnico, institucional e creditício de longo prazo.
 
Qual o perfil das empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Estado? 
São empresas que atuam na vanguarda do setor, oferendo soluções para os mais diversos segmentos da economia, seja indústria, agropecuária, prestação de serviços e e-commerce.
 
Quantas empresas já contrataram a linha MPME Inovadora em seu estado? Qual o volume de recursos liberado?
Em Santa Catarina foram 29 empresas beneficiadas representando um total de R$ 35 milhões em financiamentos contratados na linha MPME Inovadora. Desse total, estimamos que 80% foram destinados ao Setor de TIC. Importante frisar que além da MPME Inovadora, também contratamos um valor relevante de operações na linha FINEP Inovacred.
 
Com base nas principais dificuldades que as empresas tiveram para a liberação de recursos, que orientação daria a elas para conseguir aprovação da linha de fomento?
O principal desafio é apresentar um plano de negócios consistente, identificando corretamente os itens e respectivos valores que serão financiados. Do ponto de vista da avaliação de risco de crédito, como algumas operações são realizadas sem a vinculação de garantias reais, será dada maior atenção na capacidade de gestão dos empreendedores, histórico e perspectivas de crescimento da empresa.
 
Em sua avaliação, como a linha MPME Inovadora vai contribuir para o desenvolvimento do setor de TIC no estado?
A linha BNDES MPME Inovadora está sendo um importante instrumento de fomento a inovação, especialmente para as empresas de base tecnológica. A parceria com a ABES foi muito importante para esse desempenho, pois articulou a aproximação do BRDE com o setor, após um longo histórico de dificuldade de acesso a crédito de longo prazo em função das exigências das instituições financeiras. Para isso, também foi fundamental a criação do programa BRDE INOVA, que introduziu diferenciais em nosso processo interno, permitindo ao BRDE se adequar as particularidades das empresas de base tecnológica, cujo perfil de avaliação de risco de crédito e possibilidades de oferecimento de garantias são muito distintas de setores mais tradicionais da economia.
 
Quais são as perspectivas de concessão de recursos para as empresas de TI em seu estado em 2015?
Nossa expectativa é superar o desempenho apresentado no ano passado, uma vez que as empresas vão precisar aumentar eficiência e competitividade, através da inovação, para enfrentar as condições macroeconômicas mais adversas.
 
Como avalia a linha MPME Inovadora frente ao aumento da taxa de juros no Brasil?
Apesar do aumento do custo em relação ao ano passado, a linha vai permanecer em condições bastante atrativas, ainda mais se comparada com as outras opções de crédito disponíveis no mercado. 

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