A inovação está presente em nossas vidas de várias formas e a vivenciamos diariamente. Ela se apresenta por meio de serviços, produtos, em novas maneiras de fazer negócio e de conquistar o seu cliente.

Estamos vivendo uma era na qual uma inovação pode mudar o jeito de se fazer as coisas, alterando vários mercados, formas de consumo e legislação. As profissões estão mudando para que as pessoas fiquem mais especializadas. Os clientes terão cada vez mais força para avaliar critérios e serviços.

Hoje, muitos softwares alteraram os caminhos utilizados pelos consumidores para realizarem avaliações dos serviços, excluindo algumas atividades-meio. O cliente avalia e diz o que quer receber, o que é importante para ele diretamente pelos sites ou redes sociais.

Algumas empresas que estão mudando o mercado e hábitos de consumo, como Uber, Waze, Netflix e Airbnb, dentre tantas outras que contribuem com a sociedade, são de fácil utilização. No caso do Uber, por exemplo, além de ter afetado o mercado dos taxistas, este modelo de negócio alterou o perfil do consumidor, que começou a deixar o seu carro em casa e usar um serviço prático e com preço justo. Alterou também os mercados de estacionamentos e o de compra de carros. Muitas famílias estão diminuindo o número de automóveis tendo em vista os custos de manutenção do carro x Uber mensal. Este novo modelo de negócios também oportunizou que muitas pessoas que estavam fora do mercado de trabalho pudessem retornar e ter uma renda mensal.

O Airbnb também criou oportunidades para pessoas que buscam uma acomodação mais econômica, oportunizou uma nova forma de gerar recursos para quem tem espaços em suas casas – tudo dentro de novos critérios, menos burocracia e menos legislação.

Hoje em dia, o empreendedor deve se questionar a respeito de como refazer o seu negócio, para que esteja atual, porque a forma de consumo está mudando e seu concorrente não está apenas na porta ao lado.

Quando os smartphones vieram, quem imaginava que as indústrias de despertadores, de relógios de pulso, de lanterna, de calculadora, de máquinas fotográficas seriam afetadas? Todos estes sistemas já eram conhecidos, as pessoas continuam utilizando estes produtos, entretanto, houve uma mudança na forma de consumo, promovendo transformações de mercado.

A necessidade de inovar é constante nas empresas, recriando o consumo, surpreendendo o cliente e simplificando o processo. A inovação vem do conhecimento, da identificação de um problema e da melhoria de um processo, criando assim um mercado mais competitivo e gerando desenvolvimento econômico baseado no conhecimento.

A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software.

Jamile Sabatini Marques
Jamile Sabatini Marques
Jamile Sabatini Marques é Diretora de Inovação e Fomento da ABES e Presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação da Fecomércio, em Santa Catarina. É doutora pelo Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC e, atualmente, é pesquisadora em Desenvolvimento Baseado no Conhecimento no EGC/UFSC. Participa do laboratório de estudos LabChis de Cidades Humanas e Inteligentes. Membro do conselho do International Journal of Knowledge-Based Development (IJKBD); do Comitê Assessor do Programa Start-up Brasil, do MCTIC, do grupo de trabalho sobre Indústria 4.0, do MDIC, e do Conselho Municipal de Inovação de Florianópolis/SC. Coluna: Desenvolvimento Baseado no Conhecimento, Inovação, Fomento, Competitividade e Cidades Inteligentes   Periodicidade: mensal Mais informações: https://www.linkedin.com/in/jamile-sabatini-marques-2662b66/
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