Outro dia tive que me dirigir a um banco para fazer o levantamento de um valor através de uma guia judicial.

Liguei no cartório, me disseram em qual banco eu deveria ir.

Tudo bem, procurei a agência mais próxima do banco em questão.

Daí começou o exercício de paciência: encontrar um local próximo para estacionar o carro. Sim, porque eu poderia parar a dez quadras e caminhar, mas meu tempo era curto para resolver tal assunto.

Resolvi rodar de carro nos arredores do banco, para achar um lugar próximo para estacionar. Todas as ruas paralelas estavam lotadas.

Com muito custo, encontrei um estacionamento. Parei o carro e me dirigi ao banco.

Como de praxe, peguei a senha e esperei. Chegando no caixa, a atendente me disse: “Não, senhora, este serviço não realizamos nesta agência”.

Detalhe: eu estava seguindo apenas orientações dadas pelo cartório do fórum!!!

Me dirigi a outra agência e a história acima se repetiu.

Ao ser atendida, a moça me deu a seguinte informação: “Senhora, precisamos de comprovante de residência original e cópia, além de documento pessoal com foto, original e cópia”.

Conclusão: saí de lá com outra viagem perdida, dois estacionamentos pagos e mais de 1 hora gasta nesse processo.

Quantos de nós não passamos por isso ou por algo similar, diariamente?!

Isso se traduz em falha de comunicação, falta de conhecimento de rotinas e processos.
Pergunto a você, leitor: Você já esteve desse mesmo lado que eu? Já usufruiu de um DESserviço??!!

Agora nos coloquemos do outro lado: quantas vezes, dentro de nosso próprio ambiente de trabalho, fazemos a mesma coisa com nossos clientes?

Saber dos processos e rotinas internas pode ser a chave para mantermos ou perdermos nossos clientes.

Não importa o tamanho da empresa, hoje estamos na era da tecnologia, da informação ágil…vejam quantas startups estão surgindo e dizendo a que vieram.

Elas são baseadas em processos ágeis. Assim deve ser a comunicação interna das empresas: ágil e eficaz.

Muitas pessoas retêm informações por medo de perderem seus cargos ou mesmo por pura preguiça de se informarem. Outras tantas são jogadas em seus cargos sem qualquer treinamento e têm que sair à caça de informações para poderem atender corretamente seus clientes.

Num mundo onde nossa tolerância à rapidez de resposta gira em torna de 30 segundos em contatos diretos e de 15 segundos quando estamos falando de máquinas, não saber dar informações precisas e com rapidez é, certamente, fator decisivo entre ganhar ou perder um cliente; entre garantir ou perder uma venda.

Você certamente já criticou alguém quando teve que esperar, mas já parou para refletir de que forma pode melhorar quando tiver que dar uma resposta a um cliente, seja internamente ou externamente à sua empresa? Se ainda não o fez, lhe convido a fazer esse exercício nesta semana, neste mês, e depois me conte como foi.

Será um prazer compartilhar experiências!

A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software.

Luciana Salgado
Luciana Salgado
Luciana Salgado é formada em Comunicação, Direito e possui MBA em Gestão Estratégica de Empresas. Atua há mais de 20 anos no mercado empresarial treinando equipes, ministrando palestras e realizando workshops. Defende a ideia de que a comunicação eficaz é a base para o sucesso das relações humanas bem como para a melhoria na produtividade empresarial e pessoal. Amante de pessoas, animais e de um planeta sustentável, pauta suas reflexões na análise comportamental dos seres humanos a da própria natureza, que entende ser uma eterna professora.   Coluna: Conexão Humana - versa sobre a forma como as pessoas utilizam a comunicação para viverem e obterem resultados, dentro e fora do ambiente de trabalho   Periodicidade: quinzenal Mais informações: https://www.linkedin.com/in/luciana-salgado-3b750a84/
pt_BRPT