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“Empresas à prova de incertezas. Isso existe? Este foi tema central da primeira Rund Table da Trilha Refresh, no dia 29/09, durante a ABES Conference 2020, organizada em parceria com a The Shift. O painel de debates contou com a participação de Alexandre Fialho, Diretor e Professor da Saint Paul Escola de Negócios; Marcelo Braga, VP Enterprise & Commercial Sales IBM Brasil; e Edson Rigonatti, Investidor, Empreendedor e Sócio da Astella Investimentos.

As colocações feitas pelos especialistas deixaram claro que o enfrentamento de crises e incertezas se parece com a luta em um campo de batalha. As crises demandam esforços e colocam à prova tudo que foi vivido e planejado, quando o cenário ainda era favorável às ações de crescimento, venda, criação de novos produtos. E, se as incertezas já eram variáveis importantes antes da pandemia da Covid-19, hoje em dia, elas têm ainda mais impactos.

“As corporações precisam se adaptar aos tempos das incertezas. As empresas têm claramente um desafio grande, pois precisam sair desse quadro mais fortes, mais competitivas e mais adaptadas à nova realidade. Elas precisam ser muito mais ágeis e modernas para acompanhar o novo ritmo. Ou seja, velhos dogmas têm que ser revistos, repensados e repaginados. Não adianta falar em transformação digital se a empresa não está disposta a mudar”, argumentou Marcelo Braga.

Para Alexandre Fialho, “quem tem medo de incertezas não pode estar no mundo corporativo. Todos precisam entender que as mudanças já estavam em curso no mundo. A pandemia foi um catalizador desse processo de transformação digital e fez com que as pessoas percebessem as mudanças em curso. E, tiveram que entender muito rapidamente. Estamos vivenciando o desafio de sair de um mundo projetado para um que tem que ser inventado. Hoje, a disciplina deu lugar ao risco, a verticalidade deu espaço para a horizontalidade, o alinhamento para a responsabilidade, a informação para a essência e a aspiração para a inspiração. Sai o chefe entra o curador. O objetivo não é tão importante, é necessário ter propósito. É preciso ser maleável para adaptar-se às grandes transformações que estão ocorrendo. A visão não pode ser míope”.

“O meu papel é criar incertezas”. Está foi a afirmação de Edson Rigonatti ao responder ao questionamento deste debate.  “Estamos vivendo a maior revolução que a humanidade já enfrentou. Vale comparar o nosso mundo ao mundo das guerrilhas. Em 250 anos de história, tivermos 380 guerrilhas, dessas, 240 foram ganhas por incumbentes e 120 pelos desafiantes. Hoje, 25% das pessoas no mundo serão atacadas e perderão a batalha. No ambiente de transformação digital preciso aprender como defender e como farei isso”, destacou.

Mudanças impulsionadas pelas novas tecnologias, alteração do local de trabalho para o ambiente doméstico, integração da rede social para a escolha de pessoas qualificadas, a horizontalização dos escritórios sem a divisão hierárquica de funções nas empresas deixaram de ser tendências. Mas, como essas mudanças continuarão evoluindo e quebrando paradigmas fazem parte do cenário de incertezas.

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