ABES anuncia a realização de pesquisa sobre fomento e inovação
Wagner Araujo, diretor de Governo Digital da Secretaria de Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento (MP), destacou que as compras governamentais são descentralizadas e o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação tem em torno de 220 órgãos, fator que mostra a complexidade da integração de soluções, frente às diferentes necessidades de cada área. Entretanto, Araujo reiterou que o principal objetivo deve ser a melhoria dos serviços públicos para os cidadãos e o aumento da transparência.
Em sua apresentação, ele mostrou dados que apontam que o Brasil ainda tem muito a realizar em eGov pois, de acordo com ranking da ONU, o país está em 6º lugar na América Latina em governo eletrônico, num estudo que avalia capital humano, infraestrutura de telecomunicações e serviços públicos online. O MP tem meta de criar uma plataforma de cidadania digital, que garanta redução de custos operacionais e maior confiança no governo, entre outros benefícios econômicos, sociais e políticos. “Temos apresentado os novos conceitos aos órgãos governamentais e esperamos que as empresas e a sociedade civil apresentem sugestões para avançarmos no governo digital brasileiro”, finalizou.
Rafael Moreira, diretor da Secretaria de Tecnologias Inovadoras e novos negócios do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, participou do painel sobre fomento à inovação, falando sobre a dificuldade da abordagem econômica em relação à indústria 4.0, já que não há uma integração horizontal de áreas distintas com alto valor agregado: TIC, tecnologia da produção, eletrônica, logística, entre outras. “A indústria brasileira precisa elevar seu nível de competividade. Precisamos de políticas públicas para que as empresas invistam em PD&I para se tornarem mais eficientes e ágeis em inovação”.
Os programas de fomento foram abordados por Irecê Fraga Kauss Loureiro, diretora de TI e Comunicação do BNDES, que fez um breve histórico do Prosoft, que em 10 anos realizou 196 operações e totalizou R$ 5,4 bilhões, e destacou a linha de crédito MPME Inovadora, que embora não seja exclusiva, se adequa ao setor de TI e da qual a ABES é parceria. “Estamos finalizando um estudo sobre IoT, que devemos divulgar em novembro”, adiantou. A executiva também lamentou a baixa participação de outras fontes de fomento: “O BNDES consegue apoiar as necessidades das empresas de TI, mas isso não é realidade nos demais agentes de financiamento”. Ela comentou ainda que a chegada de Maria Silvia Bastos Marques para o cargo de presidente do banco tem estimulado o órgão a rever suas linhas de fomento a fim de aprimorá-las.
A moderadora do painel, Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação e Fomento da ABES, anunciou que a ABES irá realizar uma pesquisa para detectar as necessidades de financiamento das associadas. “É muito importante que as empresas deem uma atenção especial a esta iniciativa”. O início da pesquisa será detalhado em breve em matéria no portal da associação.
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